@MASTERSTHESIS{ 2023:1460279986, title = {Plasma rico em plaquetas homólogo injetável associado ou não com ômega 3 oral no tratamento da ceratoconjuntivite seca em cães}, year = {2023}, url = "http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1611", abstract = "A ceratoconjuntivite seca (CCS) é uma oftalmopatia inflamatória crônica de alta incidência em cães e humanos. A CCS tem como característica a inflamação crônica das glâdulas lacrimais, levando ao desequilíbrio do filme lacrimal, reduzindo a produção de lágrima (quantitativo) e /ou instabilidade do filme lacrimal afetando a qualidade da lágrima (qualitativa). Esse desequilíbrio do filme lacrimal causa alterações na superfície da córnea como: opacidade da córnea, hiperemia conjuntival, neovascularização, pigmentação da córnea e secreção. Em casos mais graves pode levar a perda da visão, devido a opacidade, pigmentação ou ulceraçào da córnea. A causa mais comum de CCS é a imunomediada. O tratamento convencional consiste em combinações de fármacos que melhoram a lubrificação dos olhos, como lágrimas artificiais, e fármacos que estimulam a produção de lágrima, como inibidores de calcineurina que possuem efeitos lacrimoestimulantes, e imunomoduladores, sendo representado pelo tacrolimus e a ciclosporina A. O plasma rico em plaquetas (PRP) é rico em proteínas bioativas que possuem ação regeneradora tecidual. Nas últimas décadas, houve um aumento significativo do uso de PRP, como alternativa para terapia oftálmica em doenças, principalmente, da superfície ocular. O PRP tem um potencial terapêutico em enfermidades oculares especialmente aquelas que envolve a córnea, devido as altas concentrações de fatores de crescimento, transformador beta (TGF-), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e fator de crescimento de fibroblástico (FGF) presentes no PRP. O ácidos graxo ômega 3 (ω-3) é um ácido graxo essencial que possui ação anti-inflamatória e apresenta efeitos terapêuticos em cães, gatos e humanos. Um dos principais efeitos benéficos dos ω-3 é reduzir a produção de mediadores inflamatórios, tais como fator de necrose tumoral -  (TNF-), a interleocina 1 (IL-1), a interleocina (IL – 6), fator de transcrição kB (NF-kB) e as espécies reativas do oxigênio. O uso do PRP tem como beneficiar terapia celular regenerativa, de baixo custo e alta eficácia, a suplementação com ω-3 tem como objetivo melhorar a perfórmace da resposta celular regenerativa do PRP e melhorar a qualidade do filme lacrimal. O objetivo deste estudo, foi comparar o uso do plasma rico em plaquetas homólogo injetável (PRPH) associado ou não com ômega 3 oral, em cães com CCS. Foram avaliados 22 cães com CCS bilateral (44 olhos), sem predileção racial, etária ou sexual, divididos aleatoriamente em dois grupos de tratamento com 22 olhos cada: grupo plasma rico em plaquetas homólogo (PRPH) injetável, e grupo PRPH injetável associado ao ω-3 oral (PRPHO). Nos grupos PRPH e PRPHO foram administrado, por via injetável, 0,1 ml de PRPH em cada ponto de aplicação (conjuntiva palpebral inferior e superior e na glândula da terceira pálpebra), uma vez por mês, totalizando no máximo, três aplicações, conforme melhora dos sinais de CCS, e o grupo PRPHO além da aplicação do PRPH, foi associado a suplementação de ω-3 oral, uma x/dia, durante seis meses. Os animais foram avaliados mensalmente durante 6 meses quanto aos sinais clínicos e testes oftálmicos específicos: Teste Lacrimal de Schirmer-1 (TLS-1), Teste de Ruptura do Filme Lacrimal (TRFL), e Teste de Fluoresceína (TF). Com relação ao número de aplicações de PRP necessárias para melhorar os sinais da CCS, no grupo PRPH (11 cães) foram três aplicações (36%/4 cães), dois aplicações (55%/6 cães), e uma aplicação (9%/1 cão) e no grupo PRPHO (11 cães) foram três aplicações (18%/2 cães), dois aplicações (55%/6 cães), e uma aplicação (27%/3 cães). Em ambos os grupos de tratamento, os sinais oculares apresentaram melhora até o final do estudo, e a resolução das úlceras de córneas foi mais precoce no grupo PRPHO. Houve aumento significativo (p < 0,05) no TLS-1 e TRFL em ambos os grupos de M0 a M6, sem diferença estatística (p > 0,05) entre os grupos no TLS-1, mas no TRFL houve aumento mais significativo (p < 0,05) no PRPHO comparado ao PRPH de M3 a M6. Conclui-se que ambos os grupos de tratamento da CCS em cães foram eficazes na melhoria dos sinais clínicos e na porção quantitativa e qualitativa da lágrima, mas o grupo PRPHO foi mais eficaz na melhoria da qualidade da lágrima, na resolução mais precoce das úlceras de córnea e na redução do número de aplicações de PRP, o que mostra a importância da associação da suplementação oral de ω-3 para melhorar a performance da terapia celular regenerativa com PRP injetável no tratamento da CCS.", publisher = {Universidade do Oeste Paulista}, scholl = {Mestrado em Ciência Animal}, note = {Mestrado em Ciência Animal} }